quarta-feira, 9 de julho de 2008

25 de Abril dia do Contabilista

25 de abril. "Dia do Contabilista"
Louvores ao grande artista,
O sábio malabarista,
Dos números, da economia!
Da sua lide, um cativo,
Dinâmico, sempre Ativo,
Jamais agente Passivo,
Eis seu Balanço em harmonia!
Seu crédito: dignidade, prudência,
Seu Débito: conhecedor da Ciência,
Do emaranhado de leis,
Desvencilhar-se com tino,
Defender o seu cliente,
de imposto ou multa a pagar.
Ele é cônscio cidadão,
Assegurando à Nação
Direitos a arrecadar.
Ele é o fiel da balança,
Nesta luta à qual se lança
Das finanças guardião.
É o soldado singular,
Esteio desta Nação.
25 de abril! "Dia do Contabilista".
Louvores ao grande artista,
O sábio malabarista,
Dos números, da economia.
25 de abril - Dia do Contabilista

Poema de Zoraide Guerra David, Contabilizando. Disponível em: <http://www.wk.com.br/Noticias/25-de-abril-dia-do-contabilista/199/ > Acesso em: 09/07/2008

quarta-feira, 2 de julho de 2008

Escrituração contábil: Método das Partidas Dobradas

Escriturar, segundo o dicionário eletrônico Aurélio®, significa registrar sistematicamente (contas comerciais); lavrar (documento autêntico).
Assim sendo, podemos dizer que Escrituração contábil é o processo pelo qual a Contabilidade registra os fatos que afetam (ou que possam vir a afetar) o patrimônio da empresa (fatos administrativos) nos livros próprios (Diário, Razão, etc.) através do lançamento. O lançamento deve conter os seguintes elementos essenciais: Local e data, Conta debitada, Conta creditada, Histórico e Valor.
Desse modo, quando acontece um fato administrativo, ele é registrado pelo fato de pode aumentar e/ou diminuir os elementos do Ativo, do Passivo e do Patrimônio Líquido, tanto qualitativa quanto quantitativamente e a Contabilidade é quem o faz por ser a ciência que cuida das variações patrimoniais.
Há registros das primeiras escritas contábeis de 6000 anos antes de Cristo (a.C.) até, aproximadamente 2000 anos a.C que era um rudimentar instrumento pictórico e numérico para inventariar bens, direitos e obrigações.
Com as civilizações Clássicas já em plena maturidade, como a egípcia e outras, mais tarde, a Grécia e Roma, de 800 a.C., passando pela longa noite da Idade Média, continua aperfeiçoando sua evolução através de documentos contábeis estáticos de posição patrimonial cada vez mais avançada, até chegar à invenção do Método das Partidas Dobradas.
O método teve origem no fim do século XIII, na Itália, embora não se possa precisar em que região nem quem o criou. No século XV, o aparecimento da obra de Frei Luca Pacioli, publicada em 1494 na cidade de Veneza com o título “Summa de Arithmetica, Geometria proportioni et propornaliti” , na parte entitulada “Tractus particularis de computis et scriptus”, explicita o método como sistema de escrituração adequada para o controle dos negócios em função do duplo controle que exerce sobre o patrimônio.
Além disso, propôs uma terminologia adaptada à que já existia: as palavras “Pro e Dano” (lucro e perda respectivamente) foram trocadas por “Per” (mediante o qual se conhece o Devedor) e “A” (pelo qual se conhece o Credor). E utilizou a convenção que até hoje é usada: primeiro deve vir o Devedor e depois o Credor.
“Não se sabe muito bem quem “inventou” o método das partidas dobradas, mas não há dúvidas de que Pacioli lhe emprestou um significado eminentemente matemático” (IUDÍCIBUS, MARTINS, CARVALHO, 2005).
Utilizado internacionalmente, o método, é de grande importância para a Contabilidade, pois permite um controle mais abrangente do patrimônio, uma vez que as operações de uma empresa são melhores representadas por diversas variáveis, chamadas contas, em que cada uma reflete um aspecto particular do negócio como um valor monetário. Por uma simples notação algébrica, registra-se toda a gama de informações financeiras envolvidas na operação.
Cada operação normalmente consiste em 2 entradas, mas podem existir 3 ou mais entradas ao se contabilizarem as taxas, por exemplo. Como é mais comum uma transação conter somente 2 entradas, sendo uma entrada de crédito em uma conta e uma entrada de débito em outra conta, daí a origem do nome "dobrado".
No I Congresso Brasileiro de Contabilidade realizado em 1924, foram aprovadas quatro fórmulas de escrituração baseadas no método das partidas dobradas:
1ª fórmula: um débito para cada crédito
2ª fórmula: um débito e vários créditos
3ª fórmula: vários débitos e um crédito
4ª fórmula: vários débitos e vários créditos
A escrituração começa pelo livro Diário, no qual todos os registros são efetuados mediante documentos que comprovem a ocorrência do fato (Notas Fiscais, Recibos, Contratos, etc.), através do lançamento, completando-se, depois, nos demais livros de escrituração. Além do livro Diário, temos o Razão, o Caixa e o livro Contas-correntes que são os livros mais utilizados pela Contabilidade.
A escrituração envolve uma gama de informações dispostas de forma sistemática em contas - representam os registros de débito e crédito da mesma natureza ou espécie identificadas por um título que qualifica os elementos do patrimônio (bem, direito, obrigação ou situação líquida) ou uma variação patrimonial (receitas e despesas), que por sua vez utilizam-se de elementos, os quais são seis: Título – é o nome da conta; Data – marcação do tempo do fato (dia, mês e ano); Histórico – é a narração do fato ocorrido. Além de ter uma linguagem própria como a de Débito – estado de dívida da Conta; Crédito – estado haver da conta; Saldo – é a diferença entre o débito e o crédito. Pode ser: Devedor – quando débito maior que crédito ou Credor – quando débito menor que crédito. Nulo – quando débito igual a crédito.
Ainda há de se incluir na lista outros conhecimentos que devemos ter para que saibamos onde e como alocar essas contas nas demonstrações financeiras, como também saber quais as contas patrimoniais do Ativo, Passivo e PL, além das contas de resultado e as extrapatrimoniais.
Referências bibliográficas:
IUDÍCIBUS, MARTINS, CARVALHO. Contabilidade: Aspectos Relevantes da Epopéia de sua Evolução. R. Cont. Fin. – USP, São Paulo, n. 38, p. 7 – 19, Maio/Ago. 2005. Disponível em: <http://www.eac.fea.usp.br/cadernos/completos/cad38/sergioeliseuncarvalhog7a19.pdf>. Acesso em 25 Jun. 2008.
RIBEIRO, Osni Moura. Contabilidade Básica. São Paulo: Saraiva, 1994.
ZANLUCA, Júlio César. História da Contabilidade. Disponível em <http://www.portaldecontabilidade.com.br/tematicas/historia.htm>. Acesso em 24 jun. 2008.